sábado, 25 de outubro de 2014

POEMA: "PRECONCEITO OBSOLETO?''

A prática do preconceito é a essência desnuda
Que sem remediar corrompe vários valores
Que valores seriam estes? E quais seriam seus fundamentos?
Seriam os atos de pré-conceitos, cometidos com preitos, de grandes e vários horrores.

Se pararmos para pensar e refletirmos de forma séria
Entraremos em “depressão”, na qual seria a estagnação
Para podermos ver a verdade, de que preconceito é realidade
E não apenas uma expressão.

E qual seriam os preceitos, que este ato acarreta
São exemplos de atrocidades, do mais baixo ao alto, escalão da sociedade
Que muitas vezes ficam a mercê, de atos de impunidade
Que nesta sociedade obsoleta, jamais chegara a lagrimejar, um pingo de sensibilidade.

Então saberemos afinal, quando o preconceito acabará?
Ou ficaremos na expectativa, para quando ele evoluirá?
Em minha opinião, o preconceito cada vez mais, perderá o seu poder
Mas a única resposta concreta, é só você que pode responder.

E deixo a você caro leitor, mais uma pergunta no ar
Quem seriam as pessoas, mais propicias a praticar?
Mas que prática seria esta? Seria o preconceito

Que arraigado a todos nós, exala todos os nossos defeitos.

AUTOR:Samuel Bueno.         

GRUPO:Samuel Bueno,Marcos,Willian Pereira e Eduarda de almeida.

POEMA

RACISMO.

O homem traduz na cor
o que condiz com a sua raça
o importante é o que se faça
seja feito com amor
como manda o criador
nos caminhos da esperança
pra que a luz seja verdade
Deus criou a humanidade
a sua imagem e semelhança


O racista traz amargura
se achando no direito
todo mundo tem defeito
de pele branca ou escura
pra se ter a alma pura
é preciso confiança
sem haver desigualdade
Deus criou a humanidade
a sua imagem e semelhança


O preconceito é um ato fraco
gente ignorando gente
desconhecendo parente
chama o negro de macaco
mas vai pro mesmo buraco
e os pecados pra balança
pra se ter a liberdade
Deus criou a humanidade
a sua imagem e semelhança


Branco, preto ou nordestino
espírita, católico ou crente
rico, pobre ou deficiente
índio, caboclo ou latino
japonês, chinês, filipino
a vida é a maior herança
e amor não tem maldade
Deus criou a humanidade
a sua imagem e semelhança.
Guibson Medeiros

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

TIRINHA RELACIONADA AO PRECONCEITO


Paródia referente a música: VALEU AMIGO

PRECONCEITO NÃO


Eu ouvi palavras ditas com razão
De ninguém na vida é diferente
E você é alguém, como eu.
Protege-me através da sua verdade 
Mostrando para todos sua igualdade
De que cor diferente entre pessoas, não existe.

Eu só rezo para Deus mudar
Para todo preconceito acabar
E mostrar pra você que é possível, ser feliz.

Acabar com o preconceito não é opção
 E sim é algo com grande razão
E jamais irei desistir
Pois o preconceito é algo, infeliz.
Hoje já estou mais que decidido
Que o preconceito deve ser falido
E o quero transformá-lo, em felicidade

Eu só rezo para Deus mudar
Para todo preconceito acabar
E mostrar pra você que é possível, ser feliz.
Assim eu sei que pra você também
O preconceito deve se tornar ultrapassado
Para que no futuro, se torne obsoleto


Eu só rezo para Deus mudar
Para todo preconceito acabar
E mostrar pra você que é possível, ser feliz.
Assim já tenho minha decisão formada
De algo que irei sempre defender
Aonde o destino do preconceito, é morrer

Eu só rezo para Deus mudar
Para todo preconceito acabar
E mostrar pra você que é possível, ser feliz.



 GRUPO: Samuel Bueno, Willian Pereira, Marcos e Eduarda.


Valeu, Amigo

 

Eu ouvi palavras ditas com carinho
De que na vida ninguém é feliz sozinho
E você é um alguém que sempre me fez bem
Me protegeu e me tirou de todo perigo
E quando eu precisei você chorou comigo
Valeu por você existir, é tão bom te ter aqui

Eu rezo e peço pra Deus cuidar
A sua vida abençoar
Vou correr por você até o fim

Me quis tirar do mal, eu percebi
Disse verdades que eu mereci
Então pra sempre amigos, sim
Se Deus quiser
Vou ter você guardado no meu coração
Até nos seus conselhos de irmão
E é pra você que eu dedico essa canção

Eu rezo e peço pra Deus cuidar, cuidar
A sua vida abençoar, abençoar
Vou correr por você até o fim
Assim eu sei que pra você também
Sou alguém que te faz tão bem
Mais que amigo e irmão meu, valeu

Eu rezo e peço pra Deus cuidar, cuidar
A sua vida abençoar, abençoar
Vou correr com você até o fim
Assim eu sei que pra você também
Sou alguém que te faz tão bem
Mais que amigo e irmão meu, valeu

 AUTOR:Pikeno e Menor.   
FONTE: http://letras.mus.br/mc-pikeno-menor/1752028/?domain_redirect=1
GRUPO:Samuel Bueno, Willian Pereira, Marcos e Eduarda.

domingo, 12 de outubro de 2014

Síntese do artigo de opinião "O mundo do preconceito"


      Cada passo que damos, cada pessoa que vemos, estamos julgando alguém por alguma coisa, seja pela vestimenta, cor, luxuria e etc. O preconceito esta sempre presente nas nossas vidas. E isto tem que acabar, mas será que há forças para isso?

      Se ouver força, ela tem que vim do interior. Será que esta força vem de dentro de nós? Será que nós aprendemos ou já nascemos com o preconceito?

      Todos nós enlouquecemos com este problema de julgar alguém pela cor, raça, magro, gordo e etc. muitas pessoas perderam a vida para  não ter mais preconceito. Tantas perguntas para responder tanto preconceito para acabar e tantas pessoas para acabar com isso que seria difícil para eliminar essas pessoas.

      Muitos tentam aguentar esse preconceito mas alguns não aguentam e cometem um suicídio. Este texto pode acabar com aquele que pratica o preconceito. Nunca se esqueça que uma vida é mais importante que tudo, vamos encarar isto com um sorriso um olhar mais bonito e dizer não ao preconceito.

Autor: Marcos Jardel Hamamacher

Síntese do artigo de opinião "O mundo do preconceito"

   
      Em todo lugar do mundo, em qualquer canto da cidade, o preconceito está presente, em grande ou pequeno porte. É muitas vezes repassado de geração à geração, a final, ninguém nasce com o preconceito dentro de si, ele é formado a partir de ideias e costumes criados pelas pessoas que nos cercam. Mas isso não diminui a culpa de quem o prática, porque é da escolha de cada um deixar se influênciar ou não.
     
      A cor da pele, a orientação sexual, a condição financeira ou até mesmo a marca da roupa, são fatores suficientes para o indivíduo ser alvo de discriminações, tanto físicas como verbais. Todos nós somos diferentes entre si, mas algumas pessoas não aceitam essas diferenças, e por isso tratam as pessoas ao seu redor de uma maneira inferior.

      O fato é que ninguém é perfeito, e sempre haverá diferenças. Não é difícil acabar com o preconceito que foi criado dentro de nós, basta cada um olhar para si e deixar de reparar nas diferenças dos outros. Todo ser humano tem seus direitos e deveres, o que falta é colocar em prática.

Autora: Eduarda de Almeida

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Síntese do artigo de opinião



        A prática do preconceito está cada vez mais sendo inseridas na sociedade, as pessoas desta nova era social estão cada vez mais perdendo seus valores metodicamente, e por consequência seus escrúpulos. Pois cotidianamente o julgar o outro sem ao menos o conhecer, está se tornado normal em meio de nossa sociedade. Então podemos dizer que em pleno século XXI, as pessoas não são mais "julgadas" ou "avaliadas" por seu caráter e os valores condizentes em relação à ética e a moral, e sim por sua cor, raça, opção sexual, e até mesmo a roupa que veste, ou seja, não evoluímos quase nada em questões de consciência, pois mesmo vivendo na chamada "era da conscientização" a casos em massa da prática do preconceito, isso em alguns casos está se tornando um paradoxo de consciência, no qual nos  dizem que vivemos algo e estamos a praticar outro. Então qual é a verdadeira face que estamos a vivenciar hoje, em relação ao preconceito?

        Em definição, este ato de injúria no qual vem reprimindo milhares de pessoas todos os anos, deve ser combatido, mas de forma seria e com firmeza, pois se deixarmos escapar a questão do preconceito e tais injúrias como algo normal em meios de tantos problemas, essa questão de pré-conceitos nunca será combatida totalmente, e o chamado obsoleto para essa causa será esquecido e escondido, como sujeira que na qual às vezes colocamos para baixo do tapete.                                                    
                                                 AUTOR:Samuel Bueno.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Síntese do artigo de opinião

Síntese do Artigo de Opinião

          A nossa sociedade atual caminha para o racismo, e cada vez mais afunda-se neste lamaçal de ingenuidade e falta de consciência. Para qualquer lado que olhamos identificamos marcas de preconceito, desde a ida ao "mercadinho" do bairro até quando assistimos o jornal com a família, o preconceito existe e sempre existiu mas ele pode e deve ser combatido.
          Precisamos encontrar força para por um fim nisto, nem que para isso seja necessário bucar bem lá no fundo, pois o preconceito vive dentro de nós e somente nós possuímos a capacidade de destruí-lo. Ele nos enlouquece pois basta conviver em sociedade para que você seja chamado de tanta coisa sem cabimento, talvez eles se considerem legítimos críticos da vida, mas não passam de meros seres humanos com os mesmos direitos e deveres que os nossos. 
          Há as pessoas fortes que aguentam tudo e enfrentam essa enxurrada de ofensas de cabeça erguida, mas não podemos esquecer que existem os fracos que de tão abatidos acabam matando-se, e aí está o momento em que o preconceito chega ao seu ápice, momento em que a vida de um ser humano é menos importante que uma diversão sem graça entre amigos. Derrotem o preconceito, com uma sorriso na cara, um olhar e um sentimento de alegria pois não podemos deixar que ele nos abata, só assim então poderemos ultrapassar esse pensamento defeituoso que perdura a tanto tempo e iniciar uma nova era, uma era em que poderemos dizer: "Hoje nós somos pessoas melhores, hoje nós somos um mundo melhor."
   
Autor: Willian Pereira.
 

                   

O mundo do Preconceito



 Artigo de Opinião

  O mundo do preconceito

Hoje caminhamos sob o signo do racismo. E porque digo isto? Cada passo que damos, cada pessoa que vemos ou cada caminho que seguimos, reparamos sempre no ato de julgar alguém. Olhar para alguém e saber que essa pessoa é julgada é um sentimento doloroso e de grande mágoa, podemos ter dinheiro, luxo, amigos, uma vida normal, mas... O preconceito existe sempre, pode ser relativamente à etnia ou religião, à orientação sexual ou até marca de roupa e todas as situações servem para julgar.
Mas há limites. Há limites suficientes e temos de acabar com tudo isto. Será que há forças?
Senão houver temos de encontrar essa força e não no exterior das pessoas, mas sim no interior porque não há espaço para vivermos dentro do preconceito, ou será que o preconceito vive dentro de nós?
Poderemos já ter nascido com preconceito dentro de nós? Será o preconceito uma característica do ser humano que nunca poderá ser eliminada nem dizimada?
Todos nós enlouquecemos com este problema, porque andamos por aí e nos chamam de gordos, magros, pretos, brancos, árabes, gays, héteros...? Por quê?
Porque não vemos essa pessoa de um ponto de vista agradável e não o aceitamos no nosso mundo, na nossa vida?
Já contaram quantas pessoas andam pela rua ou pelo canto da casa a chorar por serem julgados? Quantas pessoas desesperadas por uma vida normal ou quantas vidas perdidas por um preconceito?
Tantas perguntas por responder, tanto trabalho por fazer, e este problema sempre a aumentar por todos os lados e por todas as bocas. Não podemos eliminar essas pessoas porque seria mais difícil e demorado eliminar todas essas pessoas do que eliminar este grande problema, já todos sofremos e passamos por ele.
Há as pessoas fortes que aguentam e dão sempre o seu máximo e seguem a vida em frente, depois há as pessoas fortes, mas que não aguentam mais e cometem o suicídio.
Este texto pode abrir muitos olhos e dar muitas forças, mas nunca se esqueçam uma vida é mais importante que tudo. Derrotem o preconceito com um sorriso ou um olhar, basta o sentimento de alegria e euforia para ultrapassar este problema.

      Autor: Pedro Almeida.               Fonte: www.dn.pt                                                                        



domingo, 5 de outubro de 2014

Notícia referente ao conto "Negrinha" de Monteiro Lobato

            Menina morre no interior da cidade de Taubaté

      O corpo da órfã foi encontrado na manhã desta segunda-feira, dia 17, por um empregado da fazenda. A menina estava com o corpo muito machucado, devido a agressões físicas que teria sofrido pela dona da casa.

      Segundo uma empregada, a menina era filha de uma criada que havia morrido há mais de três anos. Não tinha nome, era apenas chamada de "Negrinha" e era maltratada pela dona da casa. Ela conta que frequentemente, dona Inácia batia na menina apenas por ela tentar se divertir, como uma criança normal.

      Questionada sobre seu comportamento, dona Inácia conta que se considera inocente contra as acusações. "Eu cuidava muito da menina, sempre gostei de ajudar os mais necessitados, principalmente das crianças. Quando a mãe dela morreu, eu me senti muito responsável por ela, cuidava como se fosse minha filha", diz ela em sua defesa.

      Vários vizinhos e empregados da casa foram levados à delegacia como testemunhas. O caso ainda será investigado, e se for comprovado os maus-tratos, Inácia terá que cumprir de quatro a sete anos de prisão.

Autora: Eduarda de Almeida

Notícia referente ao conto "Negrinha" de Monteiro Lobato

                            Criança negra morre em fazenda

          Uma menina chamada negrinha morre por maus tratos em uma fazenda.
                                             
          Na tarde de ontem morre uma menina chamada Negrinha por volta das 15 horas, no interior de Santo Ângelo em uma fazenda. Não sabem como ela morreu, mas desconfiam da dona da fazenda, a Inácia por maus tratos á menina.                                                                                                          
         Dona Inácia relata que a criança era órfã e que nasceu na senzala e era filha de mãe escrava. E ainda ela comentou que “não teria coragem de maltratar uma criança não gosto do racismo e sempre fui contra isto e isto serve como exemplo para a minha sociedade em também para todo o mundo”
 Vizinhos da mulher relatam que ela fazia bem o contrário : “a menina era filha única de mãe escrava, e era agredida fisicamente e verbais, era proibida de brincar com os outros, de se divertir... e se ela chorasse já apanhava.                                              
          Umas das criadas contou ainda que, certa vez Inácia colocou um ovo fervendo na boca da menina, e isso não era nem a metade do que Negrinha sofria.A polícia ainda está investigando o caso, que se for dado como verossímil, será efetuada a prisão de Inácia que poderá pegar de 3 a 5 anos ou mais dependendo das circunstâncias em regime fechado e, sem poder responder pelo crime em liberdade.  O corpo da menina foi velado hoje pela manhã, onde compareceram muitos vizinhos das proximidades que conheciam a menina. Agora só fica a lembrança dela.

Autor: Marcos Jardel Hamamacher

Notícia

           Menina Negra Morre em Fazenda

          Menina na qual se chamava "Negrinha”, foi encontrada morta em fazenda no sul de Minas Gerais, aonde suspeitas apontam que a causa de sua morte seria através de maus tratos que ele vinha sofrendo ao longo de sua vida.

          No dia 05 de agosto às 16 h e 56 min., uma menina foi encontrada em uma fazenda no sul de Minas Gerais, o nome dela era Negrinha que segundo o inquérito realizado com os trabalhadores da fazenda, a garota teria sido vítima de vários maus tratos, no qual grande parte deles era na questão física e verbal.                   No depoimento dado por Dona Inácia, na qual era a tutora responsável pela menina, ela relatou que a menina era órfã, filha de escrava e teria nascido na senzala. Além desse depoimento ela havia falado que seria incapaz de maltratar a menina ou qualquer outra pessoa, pois iria infligir seus próprios princípios de ser totalmente conta ao racismo, e que seria uma catástrofe de direitos de julgarmos os outros por sua cor. E ainda salientou de que sua fazenda era um exemplo a ser seguido nessa questão, pois ali não existiam essas diferenças denominadas pelo racismo, mas não só ali, como também com todos os cidadãos.        
        Mas segundo o relato dos próprios trabalhadores da fazenda, a atitude no qual Dona Inácia descreveu aos, era totalmente ao contrário a que era praticada por ela em relação à menina. E ela sim, maltratava a menina com castigos rígidos e severos, tanto na parte física quanto na parte verbal, rebaixado a questão psicológica da garota a afligindo com beliscões, pontapés e tapas. E o castigo que segundo os moradores foi considerado o mais tenebroso entre todos, foi o ato de ela ter colocado um ovo fervido na  boca de Negrinha.         
       O caso ainda terá que passar por mais alguns inquéritos e investigações, mas se for comprovado que a causa da morte da menina foi provocada pelos maus tratos referente à tutora Dona Inácia, além de ela responder pelos crimes de maus tratos, ela terá que lutar na justiça para não ser condenada também por tentativa de homicídio.         
      E em relação à Negrinha, ela será velada na capela principal da cidade, de nome São Sebastião, às 15 h, no qual o enterro iniciará às 18 h e 30 min.
                                                  AUTOR: Samuel Bueno.

Notícia

CRIANÇA NEGRA MORRE EM FAZENDA

Menina de nome "Negrinha" morre em fazenda  onde supostamente sofria maus tratos.

          Menina chamada Negrinha morreu em uma fazenda no interior de Santo Ângelo na tarde de ontem, por volta das 15 horas. Os motivos de sua morte ainda são desconhecidos mas, acredita-se que ela sofria maus tratos por parte de Inácia, dona da propriedade e tutora da menina.
          Segundo dona Inácia, a criança era órfã, nascera na senzala e era filha de mãe escrava. Ela ainda disse: "Eu nunca seria capaz de maltratar uma criança, sou contra o racismo e sempre repudiei qualquer ato semelhante em minha fazenda e isso é um exemplo a ser seguido não só por trabalhadores de minha propriedade mas por cidadãos de todo o mundo".
          Mas segundo moradores da região e vizinhos da mulher, ela fazia exatamente ao contrário declarando assim ser uma mentirosa: "A menina era sim filha de mãe escrava, e sofria agressões tanto físicas como verbais, ela era proibida de brincar, se divertir, comum a qualquer criança dessa idade. Se ela chorasse logo levava uns tapas, beliscões, entre muitas outras coisa". Eles sabiam de tudo porque a menina, de vez em quando, fugia para ir brincar com crianças de fora da fazenda e sempre era questionada por eles por que sempre estava lesionada, e com expressão facial tão abatida? Tanta era a pressão das perguntas que ela certa vez acabara contando.
          Umas das criadas contou ainda que, certa vez Inácia colocou um ovo fervendo na boca da menina, e isso não era nem a metade do que Negrinha sofria.
          A polícia ainda está investigando o caso, que se for dado como verossímil, será efetuada a prisão de Inácia que poderá pegar de 3 a 5 anos ou mais dependendo das circunstâncias em regime fechado e, sem poder responder pelo crime em liberdade.
          O corpo da menina foi velado hoje pela manhã, onde compareceram muitos vizinhos das proximidades que conheciam a menina. De Negrinha agora, só restam lembranças e uma lição que os mais próximos carregam para a vida toda.

Baseado no conto "Negrinha" de Monteiro Lobato. 

Autor: Willian Pereira.   

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Negrinha (Monteiro Lobato)



Negrinha
Autor: Monteiro Lobato

          Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados. Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças. Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo. Ótima, a dona Inácia. Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. Viúva sem filhos, não a calejara o choro da carne de sua carne, e por isso não suportava o choro da carne alheia. Assim, mal vagia, longe, na cozinha, a triste criança, gritava logo nervosa:
          — Quem é a peste que está chorando aí?
          Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O pilão? O forno? A mãe da criminosa abafava a boquinha da filha e afastava-se com ela para os fundos do quintal, torcendo-lhe em caminho beliscões de desespero.
          — Cale a boca, diabo!
          No entanto, aquele choro nunca vinha sem razão. Fome quase sempre, ou frio, desses que entanguem pés e mãos e fazem-nos doer. Assim cresceu Negrinha — magra, atrofiada, com os olhos eternamente assustados. Órfã aos quatro anos, por ali ficou feito gato sem dono, levada a pontapés. Não compreendia a idéia dos grandes. Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provocava ora risadas, ora castigos. Aprendeu a andar, mas quase não andava. Com pretextos de que às soltas reinaria no quintal, estragando as plantas, a boa senhora punha-a na sala, ao pé de si, num desvão da porta.
          — Sentadinha aí, e bico, hein?
          Negrinha imobilizava-se no canto, horas e horas.
          — Braços cruzados, já, diabo!
          Cruzava os bracinhos a tremer, sempre com o susto nos olhos. E o tempo corria. E o relógio batia uma, duas, três, quatro, cinco horas — um cuco tão engraçadinho! Era seu divertimento vê-lo abrir a janela e cantar as horas com a bocarra vermelha, arrufando as asas. Sorria-se então por dentro, feliz um instante. Puseram-na depois a fazer crochê, e as horas se lhe iam a espichar trancinhas sem fim. Que idéia faria de si essa criança que nunca ouvira uma palavra de carinho? Pestinha, diabo, coruja, barata descascada, bruxa, pata-choca, pinto gorado, mosca-morta, sujeira, bisca, trapo, cachorrinha, coisa-ruim, lixo — não tinha conta o número de apelidos com que a mimoseavam. Tempo houve em que foi a bubônica. A epidemia andava na berra, como a grande novidade, e Negrinha viu-se logo apelidada assim — por sinal que achou linda a palavra. Perceberam-no e suprimiram-na da lista. Estava escrito que não teria um gostinho só na vida — nem esse de personalizar a peste. O corpo de Negrinha era tatuado de sinais, cicatrizes, vergões. Batiam nele os da casa todos os dias, houvesse ou não houvesse motivo. Sua pobre carne exercia para os cascudos, cocres e beliscões a mesma atração que o ímã exerce para o aço. Mãos em cujos nós de dedos comichassem um cocre, era mão que se descarregaria dos fluidos em sua cabeça. De passagem. Coisa de rir e ver a careta...
          A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos — e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo — essa indecência de negro igual a branco e qualquer coisinha: a polícia! “Qualquer coisinha”: uma mucama assada ao forno porque se engraçou dela o senhor; uma novena de relho porque disse: “Como é ruim, a sinhá!”. O 13 de Maio tiraram-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana. Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo:
          — Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!...
          Tinha de contentar-se com isso, judiaria miúda, os níqueis da crueldade. Cocres: mão fechada com raiva e nós de dedos que cantam no coco do paciente. Puxões de orelha: o torcido, de despegar a concha (bom! bom! bom! gostoso de dar) e o a duas mãos, o sacudido. A gama inteira dos beliscões: do miudinho, com a ponta da unha, à torcida do umbigo, equivalente ao puxão de orelha. A esfregadela: roda de tapas, cascudos, pontapés e safanões a uma — divertidíssimo! A vara de marmelo, flexível, cortante: para “doer fino” nada melhor! Era pouco, mas antes isso do que nada. Lá de quando em quando vinha um castigo maior para desobstruir o fígado e matar as saudades do bom tempo. Foi assim com aquela história do ovo quente. Não sabem! Ora! Uma criada nova furtara do prato de Negrinha — coisa de rir — um pedacinho de carne que ela vinha guardando para o fim. A criança não sofreou a revolta — atirou-lhe um dos nomes com que a mimoseavam todos os dias.
          — “Peste?” Espere aí! Você vai ver quem é peste — e foi contar o caso à patroa.
          Dona Inácia estava azeda, necessitadíssima de derivativos. Sua cara iluminou-se.
          — Eu a curo! — disse, e desentalando do trono as banhas foi para a cozinha, qual perua choca, a rufar as saias.
          — Traga um ovo.
          Veio o ovo. Dona Inácia mesmo pô-lo na água a ferver; e de mãos à cinta, gozando-se na prelibação da tortura, ficou de pé uns minutos, à espera. Seus olhos contentes envolviam a mísera criança que, encolhidinha a um canto, aguardava trêmula alguma coisa de nunca visto. Quando o ovo chegou a ponto, a boa senhora chamou:
          — Venha cá!
          Negrinha aproximou-se.
          — Abra a boca!
          Negrinha abriu aboca, como o cuco, e fechou os olhos. A patroa, então, com uma colher, tirou da água “pulando” o ovo e zás! Na boca da pequena. E antes que o urro de dor saísse, suas mãos amordaçaram-na até que o ovo arrefecesse. Negrinha urrou surdamente, pelo nariz. Esperneou. Mas só. Nem os vizinhos chegaram a perceber aquilo. Depois:
          — Diga nomes feios aos mais velhos outra vez, ouviu peste?
          E a virtuosa dama voltou contente da vida para o trono, a fim de receber o vigário que chegava.
          — Ah, monsenhor! Não se pode ser boa nesta vida... Estou criando aquela pobre órfã, filha da Cesária — mas que trabalheira me dá!
          — A caridade é a mais bela das virtudes cristas, minha senhora - murmurou o padre.
          — Sim, mas cansa...
          — Quem dá aos pobres empresta a Deus.
          A boa senhora suspirou resignadamente.
          — Inda é o que vale...
          Certo dezembro vieram passar as férias com Santa Inácia duas sobrinhas suas, pequenotas, lindas meninas louras, ricas, nascidas e criadas em ninho de plumas. Do seu canto na sala do trono, Negrinha viu-as irromperem pela casa como dois anjos do céu — alegres, pulando e rindo com a vivacidade de cachorrinhos novos. Negrinha olhou imediatamente para a senhora, certa de vê-la armada para desferir contra os anjos invasores o raio dum castigo tremendo. Mas abriu a boca: a sinhá ria-se também... Quê? Pois não era crime brincar? Estaria tudo mudado — e findo o seu inferno — e aberto o céu? No enlevo da doce ilusão, Negrinha levantou-se e veio para a festa infantil, fascinada pela alegria dos anjos. Mas a dura lição da desigualdade humana lhe chicoteou a alma. Beliscão no umbigo, e nos ouvidos, o som cruel de todos os dias: “Já para o seu lugar, pestinha! Não se enxerga”? Com lágrimas dolorosas, menos de dor física que de angústia moral-sofrimento novo que se vinha acrescer aos já conhecidos — a triste criança encorujou-se no cantinho de sempre.
          — Quem é titia? — perguntou uma das meninas, curiosa.
          — Quem há de ser? — disse a tia, num suspiro de vítima. — Uma caridade minha. Não me corrijo, vivo criando essas pobres de Deus... Uma órfã. Mas brinquem, filhinhas, a casa é grande, brinquem por aí afora.
          — Brinquem! Brincar! Como seria bom brincar! — refletiu com suas lágrimas, no canto, a dolorosa martirzinha, que até ali só brincara em imaginação com o cuco.
          Chegaram às malas e logo:
          — Meus brinquedos! — reclamaram as duas meninas.
          Uma criada abriu-as e tirou os brinquedos.
          Que maravilha! Um cavalo de pau!... Negrinha arregalava os olhos. Nunca imaginara coisa assim tão galante. Um cavalinho! E mais... Que é aquilo? Uma criancinha de cabelos amarelos... Que falava “mamã”... Que dormia... Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer sabia o nome desse brinquedo. Mas compreendeu que era uma criança artificial.
          — É feita?... — perguntou, extasiada.
          E dominada pelo enlevo, num momento em que a senhora saiu da sala a providenciar sobre a arrumação das meninas, Negrinha esqueceu o beliscão, o ovo quente, tudo, e aproximou-se da criatura de louça. Olhou-a com assombrado encanto, sem jeito, sem ânimo de pegá-la.
          As meninas admiraram-se daquilo.
          — Nunca viu boneca?
          — Boneca? — repetiu Negrinha. — Chama-se Boneca?
          Riram-se as fidalgas de tanta ingenuidade.
          — Como é boba! — disseram. — E você como se chama?
          — Negrinha.
          As meninas novamente torceram-se de riso; mas vendo que o êxtase da bobinha perdurava, disseram, apresentando-lhe a boneca:
          — Pegue!
          Negrinha olhou para os lados, ressabiada, como coração aos pinotes. Que ventura santo Deus! Seria possível? Depois pegou a boneca. E muito sem jeito, como quem pega o Senhor menino, sorria para ela e para as meninas, com assustados relances de olhos para a porta. Fora de si, literalmente... Era como se penetrara no céu e os anjos a rodeassem, e um filhinho de anjo lhe tivesse vindo adormecer ao colo. Tamanho foi o seu enlevo que não viu chegar à patroa, já de volta. Dona Inácia entreparou, feroz, e esteve uns instantes assim, apreciando a cena. Mas era tal a alegria das hóspedes ante a surpresa extática de Negrinha, e tão grande a força irradiante da felicidade desta, que o seu duro coração afinal bambeou. E pela primeira vez na vida foi mulher. Apiedou-se.
Ao percebê-la na sala Negrinha havia tremido, passando-lhe num relance pela cabeça a imagem do ovo quente e hipóteses de castigos ainda piores. E incoercíveis lágrimas de pavor assomaram-lhe aos olhos. Falhou tudo isso, porém. O que sobreveio foi à coisa mais inesperada do mundo — estas palavras, as primeiras que ela ouviu, doces, na vida:
          — Vão todas brincar no jardim, e vá você também, mas veja lá, hein?
          Negrinha ergueu os olhos para a patroa, olhos ainda de susto e terror. Mas não viu mais a fera antiga. Compreendeu vagamente e sorriu. Se alguma vez a gratidão sorriu na vida, foi naquela surrada carinha... Varia a pele, a condição, mas a alma da criança é a mesma — na princesinha e na mendiga. E para ambos é a boneca o supremo enlevo. Dão a natureza dois momentos divinos à vida da mulher: o momento da boneca — preparatório —, e o momento dos filhos — definitivo. Depois disso, está extinta a mulher.
          Negrinha, coisa humana percebeu nesse dia da boneca que tinha uma alma. Divina eclosão! Surpresa maravilhosa do mundo que trazia em si e que desabrochava, afinal, como fulgurante flor de luz. Sentiu-se elevada à altura de ente humano. Cessara de ser coisa — e doravante ser-lhe-ia impossível viver a vida de coisa. Se não era coisa! Sentia-se! Vibrava-se! Assim foi — e essa consciência a matou.
          Terminadas as férias, partiram as meninas levando consigo a boneca, e a casa voltaram ao ramerrão habitual. Só não voltou a si Negrinha. Sentia-se outra, inteiramente transformada. Dona Inácia, pensativa, já a não atazanava tanto, e na cozinha uma criada nova, boa de coração, amenizava-lhe a vida. Negrinha, não obstante, caíra numa tristeza infinita. Mal comia e perdera a expressão de susto que tinha nos olhos. Trazia-os agora nostálgicos, cismarentos. Aquele dezembro de férias, luminosa rajada de céu trevas adentro do seu doloroso inferno, envenenara-a. Brincara ao sol, no jardim. Brincara!... Acalentara dias seguidos, a linda boneca loura, tão boa, tão quieta, a dizer mamã, a cerrar os olhos para dormir. Vivera realizando sonhos da imaginação. Desabrochara-se de alma.
Morreu na esteirinha rota, abandonada de todos, como um gato sem dono. Jamais, entretanto, ninguém morreu com maior beleza. O delírio rodeou-a de bonecas, todas louras, de olhos azuis. E de anjos... E bonecas e anjos remoinhavam-lhe em torno, numa farândola do céu. Sentia-se agarrada por aquelas mãozinhas de louça — abraçada, rodopiada. Veio a tontura; uma névoa envolveu tudo. E tudo regirou em seguida, confusamente, num disco. Ressoaram vozes apagadas, longe, e pela última vez o cuco lhe apareceu de boca aberta.
Mas, imóvel, sem rufar as asas.
Foi-se apagando. O vermelho da goela desmaiou...
E tudo se esvaiu em trevas.
Depois, vala comum. A terra papou com indiferença aquela carnezinha de terceira — uma miséria, trinta quilos mal pesados...
E de Negrinha ficaram no mundo apenas duas impressões. Uma cômica, na memória das meninas ricas.
— “Lembras-te daquela bobinha da titia, que nunca vira boneca?”
Outra de saudade, no nó dos dedos de dona Inácia.
— “Como era boa para um cocre!...”

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